"Podemos muito bem perguntar-nos: o que seria do homem sem os animais? Mas não o contrário: o que seria dos animais sem o homem?"Hebbel , Christian





sábado, 26 de maio de 2012

Como escolher o cão ideal?


 “Não há psiquiatra no mundo que obtenha um resultado tão bom como o que obtém um cão a lamber a cara do seu dono” Ben Williams

De certeza que já viu a magia que pode acontecer na relação entre um cão e o seu dono. De Marley e Eu  à velhinha mas sempre comovente história da Lassie, passando pela mitica amizade de Hachi Ko, os exemplos são muitos.

É realmente fantástico observar a cumplicidade e sintonia que se pode estabelecer entre um humano e um canideo, em que a comunicação se faz quase por telepatia. Um pastor com o seu cão, um jogger seguido do trote sincronizado do seu fiel companheiro, a avozinha na sua visita matinal à esplanada do bairro acompanhada da sua sombra de 4 patas ou a Tina e a sua cadela Chandi, salva de um canil. São tudo exemplos da magia desta relação.

 Os afortunados que já viveram essa aventura sabem bem do que falamos, e quem ainda não teve esse privilégio, certamente que é a ele que ambiciona quando procura um cão.
Mas qual é o segredo, a formula do sucesso? Como podemos aumentar a probabilidade de estabelecermos esta relação fantástica com o nosso amigo peludo? Como podemos encontrar o cão ideal?

Devemos começar por perceber como é que o futuro amigo se encaixa na nossa vida, no nosso dia a dia, nas nossas actividades. Ter um cão não tem qualquer interesse. Ter um amigo é fantástico. Mas uma relação exige tempo de convívio, actividades partilhadas, cumplicidades e hábitos comuns. Se o seu desporto favorito é refastelar-se no sofá e fazer zapping, então procura um cão que adore fazer o mesmo. Se para sí a ideia de uma manhã de sábado relaxante é fazer a meia maratona de Lisboa, é bom que o seu amigo também seja um atleta. E não se iluda – mesmo que escolha o cão mais pastelão do mundo para fazer zapping consigo, vai precisar à mesma do passear – o que vai ser óptimo para ele e também para a sua saúde – mas será ao seu ritmo. Não vale a pena pensar que vai mudar radicalmente o seu estilo de vida. Poderá certamente incorporar alguns hábitos saúdaveis e vai concerteza ter que fazer compromissos com o seu tempo. Mas quanto mais fácil for para si estar com o seu cão, maior a probabilidade de ter um amigo para a vida.

Depois de ter definido o tipo de cão que melhor se adapta ao seu estilo de vida, terá de encontrar um com quem se dê bem. Tal como as pessoas, os cães têm personalidade. E tal, como com as pessoas, não temos empatia com todos. Frequentemente os cães são escolhidos com 1 ou 2 meses, e é óbvio que toda a gente adora uma bola de pelo com um ar patusco e que, na nossa imaginação, vai crescer para se tornar o cão perfeito. Mas nem sempre isso acontece, e depois ficamos agarrados a uma relação que acaba por não ser muito gratificante, nem para nós nem para os nossos cães. Por este motivo recomendamos que o cão seja escolhido com pelo menos 6 meses. Nessa altura já estará muito mais próximo do seu aspecto adulto (que é o que vai ter durante a maior parte da sua vida) e já mostra a sua personalidade de forma clara. Simultâneamente, ao ficar com a mãe e os irmãos até esta idade tem oportunidade de aprender a ser cão, o que como iremos abordar num futuro artigo, tem inúmeras vantagens. 
Outro aspecto frequentemente sobrevalorizado é a raça. Se é verdade que a raça nos permite ter uma ideia aproximada do aspecto, tamanho e temperamento que podemos esperar de um cachorro dessa raça, frequentemente o novo dono baseia-se apenas no aspecto e  por vezes numa ideia romântica do que deve ser um cão dessa raça. Por outro lado há um conjunto de outros factores muito mais determinantes, que são frequentemente ignorados, como as caracteristicas e temperamento dos progenitores, se optamos por um macho ou uma fêmea e as diferenças entre os diversos cachorros de uma ninhada. Poderá necessitar de ajuda neste processo, e nesse caso opte por pessoas que não estejam directamente envolvidas no negócio. 
Uma opção que deve sempre ser considerada é salvar um cão de um abrigo ou canil. Estes revelam-se frequentemente excelentes companheiros, gratos pela sua amizade. E se poupar dinheiro pode parecer a vantagem mais óbvia, é porque ainda não viu como se vai sentir bem e feliz por estar simultanemante a salvar uma vida e a ganhar um amigo.

Lembre-se, que tal como os seus amigos humanos, o mais importante não é o aspecto físico, mas sim a “alma” que neles habita.

Boa sorte!




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