"Podemos muito bem perguntar-nos: o que seria do homem sem os animais? Mas não o contrário: o que seria dos animais sem o homem?"Hebbel , Christian





quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flight or fight (fugir ou lutar)



Flight ou Fight – é a resposta ou reacção de um animal a uma situação percebida pelo mesmo como uma ameaça à sua sobrevivência, que envolve mudanças fisiológicas no corpo do animal através da activação do sistema nervoso simpático, impulsionando o animal a lidar com o perigo fugindo ou lutando.

Este conceito foi primeiramente descrito por Walter Cannon na sua teoria chamada de Teoria de Cannon em 1929. Baseado na sua teoria, na presença de um estímulo ameaçador, uma parte do cérebro regula as funções metabólicas e autonómicas de forma a preparar os musculos para qualquer acção violente subsequente, isto é, para ou fugir ou lutar. Um exemplo de uma reacçao autonómica é a libertação de adrenalina no corpo e algumas das manifestações fisiológicas incluem aumento da pressão sanguínea e do ritmo cardíaco (em resultado da concentração de adrenalina no corpo).


Se por algum motivo, fugir se revelar ineficaz ou impossível o animal muito provavelmente irá lutar para se defender. No entanto lutar, implica um esforço muito grande a nível energético e um risco ainda maior (o animal pode sair gravemente ferido) por isso é usualmente a última resposta fisiológica a operar.

É muito importante sabermos isto, porque quando muitas vezes assistimos a um cão a ser agressivo, assumimos imediatamente que ele está a ter uma reacção ofensiva, quando na realidade podemos estar a observar uma resposta fisiológica de fuga [flight].

Pode ser que aquele cão no passado, tenha tentado fugir e esta estratégia tenha sido ineficaz. Pode ser que tenha aprendido que a agressão ou o ataque é uma resposta mais eficaz no aumenta da distância entre ele e o estímulo percebido como uma ameaça. Pode ser que fugir fosse uma estratégia que não estivesse disponível (estar preso, de trela ou num canto sem saída por exemplo) e a resposta fisiologica de luta foi accionada. Existe muitas variantes a ter em conta, mas acima de tudo é muito importante sabermos que estas resposta fisiológicas são naturais, importantes para a sobrevivência da espécie e do indivíduo e incontroláveis pelo mesmo, isto é, não são executadas “de propósito” nem com segundas intenções.

Lembre-se que fight ou flight é a resposta ou reacção de um animal a uma situação percebida pelo mesmo como uma ameaça à sua sobrevivência, isto é, não somos nós que determinamos se é aceitável que o cão considere um determinado estímulo ou acção uma ameaça, mas sim o animal em questão e a resposta que esse estímulo gera.


A explicação para muita coisa

Vamos supor que o Bobby tem pavor da água. O João tinha por hábito agarrar na coleira dele e arrastá-lo para a banheira para o seu banho ocasional. Esta situação ocorreu diversas vezes e apesar as lutas constantes e da crescente resistência, o João conseguia sempre arrastar o Bobby para a banheira segurando-o pela coleira e usando a sua força considerável. Através de gritos, esperneios e algumas ameaças o João sempre conseguiu que o Bobby fosse parar à banheira.

Um dia estava o João sentado a ler o jornal na sala e o Bobby deitou-se aos seus pés. A filha do João entrou na casa de banho e ligou o chuveiro ao mesmo tempo o João agachou-se para fazer uma festa no pescoço do Bobby. O Bobby apanhado de surpresa quando viu a mão a aproximar-se de si reagiu mordendo a mão do João.

O que aconteceu aqui foi um caso de condicionamento clássico (aproximação da mão + som do chuveiro = vou tomar banho) e a resposta agressiva adveio do historial passado no qual o cão tentou escapar várias vezes à situação sem sucesso. Aqui temos uma situação clássica em que o comportamento escalou de uma situação de fuga para luta (defesa).

“Mas eu só queria fazer festinhas!” – diz o João

Naquela circunstância específica dada a combinação de factores o Bobby reagiu ao resultado mais provável. Não somos nós, que estabelecemos se a situação é uma ameaça ou não (e para nós nenhuma das situações é uma ameaça, nem ir ao banho nem fazer festas) mas obviamente que para o Bobby especificamente é porque a aproximação da mão foi associada com o barulho da água na casa de banho e a ida para o banho. Toda essa situação aversiva o Bobby sabe que não pode escapar e reage defensivamente.

Se entendermos o comportamento do cão desta forma analítica, conseguimos detectar mais rapidamente o problema, e consequentemente resolvê-lo de forma mais rápida e eficaz.

É muito importante portanto, retirar um historial exaustivo das interacções do cão, determinar com exactidão os estímulos presentes na altura do incidente e as consequências deste. Se abordamos um caso de agressão de forma leviana e com preconceitos, vamos não só falhar redondamente em resolver o problema como podemos inadvertidamente gerar outros.

Em suma, o entendimento de como estamos programados a responder a determinadas situações vai-nos permitir analisar de forma eficaz e precisa o comportamento do animal. O comportamento é algo fluente e complexo não é um bloco de cimento onde podemos carvar letras que aí permanecem indefenidamente. É necessário analisar todas as variantes que influenciam o comportamento e ter me conta todos os estímulos e condicionantes se queremos ser precisos e justos e os cães não merecem menos do que tudo isso.


Escrito por:
Claudia Estanislau
Its All About Dogs

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Em Portugal podia ser assim...

É também por causa disto que eu acho que a Suécia esta muito a frente em termos do treino canino.. a quanto tempo antes de nós não usam eles o treino positivo?
Mas com as noticias que andam na tv, acho que ainda, embora gostasse muito ainda não temos uma mentalidade que permita isto. Vou-me tentar explicar, em Portugal ainda temos muito a mentalidade do macho alfa e do mauzão, pouca gente se preocupa em sociabilizar os cachorros para evitar problemas futuros, se preocupa em dar uma boa educação aos seus animais, ainda se culpam os animais em vez de responsabilizar verdadeiramente os donos. Acho que só assim é que se podia começar a tirar algumas raças das ruas da amargura onde para mim cada vez vão ficando piores e com mais problemas, pois apenas tentamos tirar as folhas a um problema em vez de irmos a sua raiz...
Mas como me dizem que vejo sempre o lado positivo das coisas, acho que já começa a haver cada vez mais pessoas que vêem este problema e que lutam todos os dias por uma mentalidade melhor e que aos poucos vamos ficar como a Suécia . Eu posso dizer que até bem pouco tempo me guiava pela pela mentalidade do macho alfa, mas que ainda bem através de uma conversa sensata, e de muita investigação depois consegui mudar a minha maneira de ver as coisas.

Mas agora ao video, e estejam atentos porque daqui a uns anos isto é Portugal :D 
Espero que gostem :)



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cães atrás das Grades

Hoje mostraram-me este video, e sinceramente fiquei com a pulga atrás da orelha e acho que era um projecto de vida uma coisa que gostaria de desenvolver no nosso Pais.
Acho que é uma maneira de mudar 2 vidas ao mesmo tempo, ajudar pessoas e cães. Talvez também trabalhar com cães de canil. E também com jovens problemáticos.
A ideia é reabilitar pessoas que estão presas, através do treino de cães que estão em canil, ou através do treino de cães para terapias. Dando uma nova oportunidade as pessoas e animais.
Sei que para o desenvolver preciso de aprender muito mais, estudar e que será uma coisa que levara muito tempo e dores de cabeça mas porque não? O que é difícil de alcançar não é normalmente  melhor quando alcançado?



domingo, 26 de agosto de 2012

100 comportamentos atribuidos à dominancia

Depois do Post anterior tropecei neste que me deu que pensar na quantidade de comportamentos de são atribuídos a dominância..  e Agora me pergunto como é possível ainda existirem pessoas tão agarrados a esta ideia.
Leiam e percebam o que quero dizer.

Para mais informação do porque é que a dominância é uma falácia consulte: Non Linear Dogs
Adaptado da lista anteriormente compilada por Helix Fairweather

1. dar com a pata
2. passar pelas portas primeiro
3. saltar para cima das pessoas
4. não fazer o comportamento pedido
5. sentar-se ou deitar-se na mobília (sofá, cadeira, etc..)
6. destruir e/ou roer objectos em casa
7. ladrar a estranhos na rua
8. urinar dentro de casa
9. puxar na trela
10. encostar-se a uma pessoa para pedir festas
11. ladrar enquanto a família come
12. coçar ou tentar tirar o halti do focinho
13. morder e roer a trela
14. raspar os pés após urinar ou defecar
15. por a pata em cima do pé da pessoa
16. sair pela porta a correr
17. caminhar à frente da pessoa
18. não sair do caminho
19. roubar papéis
20. não fazer o que lhe mandam
21. dar focinhadas ou dar a pata para chamar a atenção
22. ir contra uma pessoa
23. Olhar para uma pessoa de frente
24. por as patas nos ombros de alguém
25. ladrar à pessoa quando esta lhe dá uma ordem
26. roubar objectos
27. fazer as necessidades numa altura não esperada
28. dar com o traseiro nas suas pernas
29. cão macho ficar excitado (com “aquilo” para fora)
30. só fazer o que lhe pedem “quando lhe apetece”
31. ladrar ao dono quando este grita com o cão
32. cachorros que mordiscam
33. come depressa demais (sim por incrível que possa parecer)
34. não entrar em casa
35. não sair do sofa ou cama
36. ladrar a estranhos
37. ladrar a gatos
38. ladrar a carros
39. quando está no carro ladrar a pessoas que passam
40. rosnar quando lhe tentam tirar o osso
41. rosnar quando lhe tentam tirar o brinquedo
42. deita-se quando o estou a passear e não quer mais andar
43. ladrar enquanto lhe preparo a refeição
44. brincar com a taça da comida
45. montar (seja o que for desde peluches, a pernas da mesa da sala, à criança)
46. urinar em cima da cama
47. rosnar a outro cão quando o conhece pela primeira vez
48. tentar comer tudo o que encontra na rua
49. obedecer ao marido mas não ao resto da família
50. ladrar quando fica sózinho
51. urinar na crate ou transportadora
52. não está esterilizado por isso é dominante
53. cachorro que tenta mordiscar as orelhas de um cão adulto é dominante
54. lamber as pernas das pessoas
55. quando brinca com o outro cão “ganha” sempre
56. rosna quando lhe ponho a coleira de citronella
57. ressona
58. come pedras
59. rouba comida dos pratos deixados na mesa
60. atira-se às pessoas
61. rouba os sapatos
62. faz as necessidades em cima da roupa e carpetes
63. olha para o dono nos olhos
64. põe a pata em cima de mim quando faço festas
65. quando o corrigi com um abanão no cachaço ele rosnou
66. tentou morder o filho quando o filho o tentou arrastar debaixo da cama
67. quando tenta agarrar na coleira para o trazer para dentro de casa ele foge
68. quer sempre mais comida
69. urinar na perna duma pessoa
70. não larger sob comando
71. é “teimoso”
72. rosnar, mordiscar, ladrar, morder
73. sentar-se em cima do pé do dono
74. não quer caminhar no meio da feira cheia de pessoas
75. ladrar aos cavalos
76. perseguir motas e skates
77. ser de uma determinada raça (muitas pessoas dizem que determinadas raças são “naturalmente” dominantes)
78. ser cão de guarda (guarda porque é dominante)
79. perseguir luzes
80. lamber as patas
81. uivar
82. fazer buracos na terra quando o dono está presente
83. querer comer a nossa comida
84. tem ciúmes do meu outro cão
85. não rebolar
86. não largar a bola quando a atiro
87. rosna ao veterinário quando este lhe tenta mexer
88. não me deixa pegar nele ao colo quando quero
89. vingativo
90. não vem quando o chamo no parque
91. não deita quando eu mando
92. senta-se em cima de mim
93. arreganha os dentes (um sorriso)
94. quando lhe dou um choque eléctrico porque ele se portou mal ele tenta morder a coleira
95. quando dou um toque na estranguladora ele tenta morder-me
96. ladra quando saio de casa
97. quer tomar os medicamentos do meu outro cão (ahahahahahah)
98. está sempre deitado aos meus pés
99. não quer entrar no carro
100. não vai para a crate quando o mando


Lista traduziada por:
Claudia Estanislau
Its All About Dogs

sábado, 25 de agosto de 2012

O que dizem os especialistas, profissionais e treinadores a cerca da dominancia


Dr. Ádám Miklósi chefe do Departamento de Etologia na Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste. Líder do Programa de Etologia, mestrado em Biologia e presidente da CompCog. – “ É trabalho dos cientistas convencerem os donos e treinadores de cães que a perspectiva de dominância submissão entre cães e pessoas está desactualizada e que devem adoptar uma nova perspectiva…” - http://video.pbs.org/video/1488005229


John W. S. Bradshaw, Emily J. Blackwell, Rachel A. Casey. Journal of Veterinary Behavior: Clinical Applications and Research, Volume 4, Issue 3, Pages 109-144 (May-June 2009) -              “ Longe de serem úteis, os académicos dizem, que métodos de treino baseados na redução de dominância variam entre inúteis a perigosos e muito provavelmente contribuem para o piorar dos comportamentos” http://www.sciencedirect.com/science/journal/15587878


David Appleby, especialista em comportamento clínica de animais desde 1986. Director de variadas clínicas veterinárias e durante 20 anos foi o comportamentalista principal da Escola Veterinária de Queen’s na Universidade de Cambridge onde era também tutor. É membro da Association of Pet Behaviour Counsellors (APBC) e é Certified Clinical Animal Behaviourist (CCAB).   – “Os diagnósticos errados são sempre maus e no entanto comportamentos “dominantes” são frequentemente citados para descrever todo o tipo de comportamentos que têm outras causas. Por exemplo, devemos evitar usar a etiqueta de “dominante” para descrever a falta de respostas aos desejos do dono causadas por treinos insuficientes ou inapropriados. Da mesma forma, dominância não deve ser diagnosticada para justificar comportamento defensiva causado pelo medo das intenções do dono. Isto ocorre quando a “punição” é usada numa tentativa de acabar com os comportamentos que os donos não querem”


Sarah Whittaker - Diploma in Companion Animal Behaviour Therapy (DipCABT), Sara is an accomplished author of articles, a regular monthly guest on BBC radio and has filmed behaviour consultations at RSPCA Woodside for Channel 4’s Pet Rescue. Lecturer at The College of Animal Welfare, Anglia Polytechnic University and Brooksby Melton College. -  “ A teoria da dominância nunca foi estudada como forma de explicar os relacionamentos inter espécies e eu não considera o que tenha alguma vez tido essa intenção. Outro ponto é lembrarmo-nos que os cães nunca obtêm uma posição “dominante” na nossa casa, apesar de tudo nós damos-lhes abrigo, comida, água e cuidados médicos – à luz da teoria da dominância isto é algo que eles deveriam fazer por nós se quisessem realmente dominar”


James O’heare Certified Animal Behavior Consultant (CABC), Certified Dog Behavior Consultant (CDBC), and a Professional Animal Behavior Consultant (PABC), author, international speaker, President of The Companion Animal Sciences Institute, Director of The Association of Animal Behavior Professionals, Managing Editor of The Journal of Applied Companion Animal Behavior, and was Co-founder of the International Association for Animal Behavior Consultants. Autor de 10 livros publicados e traduzidos em variadas línguas. – “Recomendo evitar substituir a palavra dominância por liderança ou outro termo semelhante porque estes apenas implicam um relacionamento de perda e ganha e todos estes são simplesmente desnecessários. Não existe necessidade de invocar os termos dominância ou liderança que significam a mesma coisa mas são usados para evitar a conotação de dominação. Muitos pessoas sentem que esta noção é necessária. Pois eu acho que não. Simplesmente treinem o cão. O maior problema em ver os relacionamentos entre pessoas e cães à luz do conceito de dominância social é que implicam e promovem um relacionamento conflituoso entre ambos”. - http://www.associationofanimalbehaviorprofessionals.com/whats_wrong_with_dominance.html

Stan Rawlinson MTCBPT. MPAACT A.DipCCB – “Em termos simples, eu não posso ser o alpha duma matilha. Os cães são animais conspecíficos o que quer dizer que apenas formam matilhas com membros da mesma espécie. Cães nascem vivos, por isso reconhecem imediatamente a mãe (através do cheiro e do toque), os cães tal como os humanos nascem cegos e surdos e ao contrários dos pássaros não formam laços e agarram-se à primeira coisa que veêm quando nascem.” - http://www.doglistener.co.uk/alpha/thealphamyth.shtml


Raymond Coppinger, Biólogo, Professor de Biologia na School of Cognitive Science at Massachusetts,  treinador e criador de cães e Lorna Coppinger co-fundadora (com Ray) do Livestock Guarding Dog Project em 1977, graduada na universidade da Eslováquia e mestrado em biologia pela universidade de Massachussets. Autores do livro citado em inúmeros estudos científicos “Dogs: A New Understanding of Canine Origin, Behavior and Evolution” – “ O lobo erradamente denominado alpha não está a tentar ensinar a matilha nada de especial, muito menos um senta. O motivo pelo qual tantos acreditam nesta ideia da matilha e a usam no treino e relacionamento com os cães é um verdadeiro testamento do quão tão pouco se sabe acerca do desenvolvimento comportamental canino”.


Barry Eaton Advanced Diploma in Companion Animal Behaviour and Training (COAPE OCN) Adv. Cert. in 'Think Ethology' (COAPE OCN) by Prof Ray & Lorna Coppinger MSc. Membro afiliado do COAPE autor de variados livros, tutor no Animal Care College – “The comparison between our dogs’ behaviour and wolf behaviour is misleading. Although the dog evolved from the wolf, the wolf has changed very little. We on the other hand have produced breeds of all shapes and sizes. We have breeds with different coat colours, types of coat, length and even no coat at all. We have dogs with different gaits, tail and ear positions. We have bred dogs to help man for guarding, retrieving, herding, pulling, sledges, hunting and just lapdogs. The dog’s brain has changed; it’s smaller than a wolf’s. It has a different conformation, different innate motor patterns, drives and motivations. A dog is not a wolf in dog’s clothing; it’s simply a dog”

 
Dra Sophia Yin, Veterinária mestrada em comportamento animal. Directora executiva da American Veterinary Society of Animal Behavior, the American Association of Feline Practitioners (AAFP) Handling Guidelines Committee, and the American Humane Association (AHA) Animal Behavior and Training Advisory Committee. -  “Wolves in the wild generally do not gain their high rank by fighting their way to the top. Instead a male and female breed and the pack is a family unit comprised of the parents and the offspring. The parents naturally become the leaders. The offspring naturally follow their lead. As a result of this discovery regarding pack structure, wolf biologists no longer even use the term alpha with wild wolf packs.”


Kathy Sdao, Certified Applied Animal Behaviorist (CAAB), autora de livros, convidada para Clicker Expo de Karen Pryor, treinadora de variados animais tais como golfinhos, orcas, cães gatos e ratos. Autora e tutora em diversos colégios nos EUA. - “Despite data to the contrary, many people still believe dogs form linear hierarchies of alpha (dominant) and omega (submissive) individuals. Many trainers have capitalized on this belief system by arguing that you can solve behavior problems in your dog only when you have established yourself as Alpha dog among the pack of creatures in your home (people and dogs)… there’s no evidence to suggest that they perceive humans as part of their species-specific ranking. In general, humans lack the capability to even recognize, let alone replicate, the elegant subtleties of canine body language. So it’s hard to imagine that dogs could perceive us as pack members at all.” - http://beyondcesarmillan.weebly.com/kathy-sdao.html




 
David Mech – Biólogo autoridade máxima no estudo do comportamento de lobos, efectuou uma observação do comportamento de lobos no seu ambiente natural por mais de 25 anos. http://www.davemech.org/ neste vídeo ele explica como o termo alpha está desactualizado e que os lobos não relacionam dessa forma. Ele também explica que não se trata de um problema de léxico ou nomenclatura. http://www.facebook.com/video/video.php?v=1331514742957


Traduzido e Compilado por:
Claudia Estanislau
Its All About Dogs


Fonte:its-all-about-dogs-escola-positiva-de-treino-e-comportamento-canino

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Inteligência canina é equivalente a de uma criança de 2 anos


Um renomado pesquisador coloca lado a lado a inteligência canina e a de uma criança humana de 2 anos de idade.

Os cães podem compreender mais de 150 palavras e intencionalmente enganar outros cães e pessoas, de acordo com o psicólogo e pesquisador Stanley Coren, PhD, da University of British Columbia.

Coren, autor dos livros mais populares sobre comportamento canino, revisou vários estudos para concluir que os cães têm a capacidade de resolver problemas complexos e são mais parecidos com os humanos e outros primatas do que se pensava anteriormente.

Segundo Coren, as habilidades mentais dos cães estão perto a de uma criança humana de 2 a 2 anos e meio de idade.

Há diferenças na inteligência entre os vários tipos de cães, e a raça determina algumas destas diferenças, diz Coren: "Há três tipos de inteligência do cão: instintiva (o que o cão é adestrado para fazer), adaptação (como o cão aprende a partir de seu ambiente a resolver problemas) e de trabalho e obediência (o equivalente a aprendizagem escolar)."

Dados de 208 juízes ligados a provas de obediência nos Estados Unidos e no Canadá mostraram as diferenças no trabalho e inteligência entre as raças de cães. "Border Collies são o número um; Poodles estão em segundo, seguido pelos Pastores Alemães. Quarto na lista é os Golden Retrievers, o quinto, Dobermans, sexta Shetland, e, finalmente, Labrador Retrievers", disse Coren.

O cão de média inteligência pode aprender 165 palavras, incluindo sinais, e os cães "super" (aqueles que estão entre os 20 no ranking de inteligência) podem aprender 250 palavras, diz Coren. "O limite máximo da capacidade dos cães de aprender palavras e gestos é parcialmente baseado em um estudo de um Border Collie chamado Rico, que mostrou conhecimento de 200 palavras e demonstrou o que os cientistas acreditavam que só poderia ser encontrado nos seres humanos e em alguns primatas", disse Coren.

Segundo Coren, os cães também podem contar até quatro ou cinco. E eles têm uma compreensão básica da aritmética e vai notar erros em cálculos simples, como 1 +1 = 1 ou 1 +1 = 3.

Através da observação, Coren disse: “Os cães podem aprender a localização de itens variados, as vias de melhor acesso em um ambiente (o caminho mais rápido para chegar em uma cadeira), como operar os mecanismos (tais como fechos e máquinas simples) e do significado das palavras e conceitos simbólicos (às vezes simplesmente por ouvir as pessoas falarem e vendo suas ações).”

Durante o jogo proposto na pesquisa, observou-se que os cães são capazes de tentar enganar outros cães e pessoas a fim de receber recompensas. Coren afirmou: "Os cães são tão bem sucedidos em enganar os seres humanos assim quanto os seres humanos estão em enganar eles.

Fonte: American Psychological Association"

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O que a cauda significa para o cão?


A cauda de um cão tem uma importância de auto expressão. Muitas raças não possuem a cauda longa e ficam desfavorecidos pois apresentam sinais mais sutis como abanar o rabo e acabam a balançar toda a  traseira quando estão felizes mas não conseguem mostrar a um outro cão sinais mais específicos como deixar a cauda empinada e isso pode resultar até mesmo numa briga.

Aqui vão alguns significados dos movimentos da cauda :
Cauda relaxada: o cão está relaxado e confortável
Pendurada horizontalmente mas não dura: o cão está atento a alguma coisa,está interessado em algo
Pendurada horizontalmente mas dura: o cão está enfrentando alguma situação desconhecida, ou um intruso.
Cauda erecta: o cão demonstra um sinal de autoridade e dominância
Cauda erecta e movimentação das costas : o cão mostra confiança e auto- controle
Cauda para baixo e perto das patas traseiras: Se as extremidades estão rígidas e abana um pouco a cauda significa que está transmitindo que não está se sentindo bem. Se as pernas estiverem ligeiramente curvadas demonstra insegurança.
Cauda escondida entre as pernas: medo ou submissão
Cauda levantada e com movimentos lentos e ritmados: sinais de um cão de guarda
Sacudindo levemente: sinal de boas vindas
Abanando com círculos amplos:"Eu gosto de Ti". Quando dois cães estão simulando uma luta , esse movimento confirma uma brincadeira
Abanando a uma baixa velocidade: Em um momento que se alguém estiver a treinar um cão e ele apresentar esse movimento ele estará a tentar dizer que está a querer entender o que a pessoa quer mas não está a conseguir. Assim que ele passar a entender, abanará a cauda mais rápido.
Movimentos de curto e lento: sinal de satisfação. 
Balançando rápido: excitação para uma actividade ou objeto desejado.

(mais uma vez aviso que o cão deve ser "lido" como um todo e não se deve apenas "ler" uma componente como a cauda, as orelhas, etc)

sábado, 18 de agosto de 2012

Frisbee Videos

Desde que vi cães a fazerem frisbee decidi que tinha de ter uma cão a fazer isto,depois de explicar o desporto deixo-vos aqui uns vídeos que para mim são de mais :)
Acho que agora vou mas é treinar os lançamentos com o frisbee porque os cães não fazem tudo sozinhos :P




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Interagindo com cães medrosos

O texto e as dicas que vou postar agora é de Nicole Wilde e são muito importantes, não só quando vamos lidar com cães medrosos, mas com qualquer cão estranho, seja sociável ou não.




" 1. Deixe o cão vir até si. Se o cão está assustado, devemos permitir-lhe que decida se vai aproximar-se ou não. Não o restrinja ou o force a aceitar o contacto de outrem. Lembre-se da resposta instintiva de “luta ou fuga", se lhe retirar a oportunidade de fuga a escolha do cão só poderá ser uma.

2. Vire-se de lado. Estar frente a frente para o cão é mais intimidatório que ficar parcial ou completamente de lado, até virar apenas a cabeça de lado fará um cão assustado ficar menos ansioso.

3. Não fixe o olhar…por favor! Um olhar fixo e directo é muito conhecido por entre o mundo animal (e no Metro de Nova York!). É perfeitamente normal olhar para o cão, apenas suavize a sua expressão e não olhe fixamente directamente para os olhos do cão.

4. Não ande a pairar. Inclinar-se sobre um cão medroso poderá aumentar a sua ansiedade para um nível que se torne defensivo.

5. Acaricie o cão de forma adequada. Aproximar-se de cães através de carícias na cabeça é uma péssima ideia. Tente visualizar esta interacção do ponto de vista do cão, uma palma da mão a aproximar-se de cima pode ser uma coisa assustadora. Costumo fazer demonstrações com crianças para ensinar-lhes a acariciar apropriadamente os cães. A criança desempenha o papel do cão. Digo-lhe que a vou acariciar de duas maneiras diferentes, e ela dir-me-á qual delas é a mais agradável. Primeiro levo lentamente a minha mão em direcção à bochecha da criança e acaricio-a, sorrindo e dizendo “lindo menino”. Depois aproximo bruscamente a minha mão da cabeça da criança e dou umas pancadinhas repetidas e digo em voz alta “lindo menino, lindo menino” Os miúdos invariavelmente gostam mais da primeira opção. Se os cães pudessem responder por eles próprios, nove em cada dez diria que gostavam mais da primeira opção também. Não se trata de dizer que os cães não podem ser acariciados no topo da cabeça, mas essas pancadinhas não são um bom método para a aproximação inicial. É mais sábio fechar a mão e mantê-la virada para baixo por baixo do nariz do cão para que possa cheirar, depois faça umas carícias no peito do cão e vá gradualmente movendo a mão por um dos lados até à cara ou corpo do cão, se notar que o cão está a sentir-se confortável com isso. Não agarre bruscamente a coleira de um cão, qualquer cão.

6. Baixe-se, não agarre por cima. Os cães pequenos em particular são muitas vezes agarrados bruscamente de cima quando se quer levá-los ao colo para outro sítio. Movimentos rápidos, directos ao cão, por cima da cabeça são muito mais assustadores que movimentos lentos e indirectos. Para levantar um cão pequeno do chão, agache-se, acaricie o cão durante uns momentos e depois de forma gentil coloque as mãos por debaixo da barriga e do peito e levante-o.

7. Tenha atenção ao seu sorriso. Enquanto os humanos interpretam o sorriso como algo amigável, o cão pode não gostar muito de ver o sorriso colgate. Uns dentes espectaculares são, no fim de contas, também muito conhecidos no mundo animal. Uma amiga minha acompanhou-me uma vez numa visita aos lobos do centro de resgate. Ela sentou-se pacientemente no chão, sem se mexer. Finalmente um grande lobo preto aproximou-se para a investigar. Ela não se conseguiu conter e sorriu com todos os dentes da sua boca. O lobo saiu disparado como se ela tivesse tentado dar-lhe uma paulada. A lição? Guarde os sorrisos colgate para os encontros amorosos ou com outros humanos. Sorria a canídeos com a boca fechada!
Bons treinos! "

Texto escrito por Nicole Wilde em gentleguidance4dogs

Retirado de: psicologia e dicas caninas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Raça:Shar Pei

A próxima raça de vou falar é do Shar pei, fiquei a gostas desde que conheci o Rugas um Shar pei de uns amigos lá na escola, depois de uns momentos a brincar com ele não sei criei uma empatia por ele e pela raça e a partir dai acho que se tornou  uma das raças que passei a gostar :)

Historia e Origem


O Shar Pei é uma raça antiga, originária na China. Os primeiros registos da raça surgem na Dinastia de Han (200 a.C.). Algumas representações em cerâmica e algumas estátuas desta altura apresentam cães que se acredita serem desta raça. 
Pensa-se que o Shar Pei resulta do cruzamento de raças nórdicas com mastins. Por ter a língua azul como o Chow Chow, acredita-se que este tenha contribuído para dar forma ao Shar Pei.

No século XII, surgem registos mais detalhados na raça que ajudam a descodificar a origem do nome. “Shar Pei” significa “pele de areia”. A pele enrugada está então provavelmente na origem do nome da raça. Como cão de guarda da família real e também cão de luta, o Shar Pei beneficiava de pregas na pele que lhe ofereciam protecção caso fosse mordido por outro cão. Em situações normais, um cão que é abocanhado por outro animal perde a mobilidade não tendo como se defender. As rugas do Shar Pei permitem-lhe rodar e atacar o agressor, cumprindo de forma eficaz o seu papel de guarda.
O Shar Pei trabalhou durante séculos como cão de guarda de propriedades, guarda pessoal, mas também como cão de caça grossa e mais tarde como cão de luta. A raça manteve-se fiel ao seu tipo durante séculos sendo apurada pela força, inteligência e, evidentemente, as pregas que apresentava no focinho.

A revolução comunista na China, em meados do século XX, foi um período difícil para o Shar Pei. Mao Tsé Tung considerava um luxo possuir cães e criou leis que proibiam a posse de cães como animais de estimação. Quem recusasse obedecer era multado e os cães eram executados. Como se a pressão do Estado não fosse suficiente, por esta altura, o Shar Pei começou a ser olhado como uma iguaria. A raça tinha-se tornado um cão de rua e começou a perder as suas características. Perto da extinção, o Guiness Book of Records chegou mesmo a considerar o Shar Pei uma das raças mais raras do mundo, apesar de a autenticidade dos números ser questionável.

O Shar Pei encontrou refúgio em Hong Kong, onde alguns criadores se dedicaram a salvar a o Shar Pei. Em 1973, um desses criadores, Matgo Law, apelou aos norte-americanos apoio para salvar a raça. Foi nessa década que o Shar Pei chegou aos Estados Unidos da América para se tornar numa sensação imediata. O exotismo e a raridade da raça foram provavelmente os factores do seu sucesso. Apesar dos exorbitantes preços pedidos na altura por um exemplar, o número de cães disparou, ao ponto de, hoje em dia, o Shar Pei ser uma das raças mais facilmente identificáveis pela generalidade das pessoas.

Mas esta recuperação relâmpago sacrificou algumas características morfológicas e de carácter da raça. Os habitantes de Hong Kong e Macau fazem uma distinção clara entre o tipo original e a variedade conhecida no Ocidente. O tipo Ocidental tem as rugas mais pronunciadas que se espalham por todo o corpo, o que constitui um desvio em relação ao estalão. Nestes cães há uma maior incidência de problemas de pele. O cão adulto do tipo original não apresenta rugas pelo corpo, exceptuando no peito, focinho e base da cauda. 

Se por um lado, foram as pregas na pele que lhe garantiram popularidade, por outro, foi o entusiasmo que causaram que provocou a diminuição da qualidade dos exemplares desta raça. Ao tentar acentuar as pregas, os Ocidentais acabaram por acentuar problemas de saúde e falhas de carácter. Cabe aos criadores actuais corrigir os problemas criados no passado. 

Temperamento

O Shar Pei é um cão amável e um pouco introvertido, sendo no entanto um bom amigo das crianças.

Óptimo cão de guarda, suspeita de estranhos. O Shar Pei é um cão reservado e independente, mas é bastante leal e protector.

Brincalhões, são boas companhias para crianças. Dominantes, gostam de ser o único cão da casa e aceitam melhor a presença de gatos do que de cães. 

O Shar Pei é um cão um pouco teimoso e nem sempre obedece aos comandos do dono. Devido à sua dominância e porte é muito importante socializá-lo devidamente. Um treino firme e consistente é crucial para ter um cão saudável.

Típicos de climas temperados, não gostam de dias muito frios ou muito quentes, sendo por isso cães de interior. O Shar Pei é um cão calmo que pode ser mantido num apartamento, desde que suficientemente exercitado. Isto implica uma longa caminhada diária ou uma brincadeira mais exigente, para além dos passeios diários para aliviar as necessidades.


Cores e Características físicas

O Shar Pei possui uma forma quadrada, sendo o seu corpo compacto e ágil.
Em 1994, a Federação Cinologica Internacional promoveu diversas alterações no padrão da raça, e a mais importante foi justamente a redução das pelancas do cão adulto no tronco e no dorso. As pelancas do Shar Pei deve-se concentrar na cabeça e no pescoço. O peso e a altura da raça também foi alterado, se definiu ser um pouco menor.


De acordo com o padrão oficial da raça o peso do Sharpei quando adulto pode variar entre 18 e 29 Kg e o tamanho entre 44 e 51cm, que é mais ou menos um pouco abaixo da altura do joelho de um homem adulto de estatura mediana.

Cabeça – O craneo é plano e largo, grande em relação ao corpo. O stop é quase inexistente. Uma grande quantidade de rugas cobre-lhe a testa e as faces, prolongando-se para baixo e formando papadas muito marcadas. O nariz, de um negro brilhante, é grande.
Olhos – pequenos, escuros, em forma de amêndoa, estão profundamente afundados nas órbitas, Os Shar Peis bege e os cremes têm frequentemente os olhos claros. Cobertos pelas rugas da pele, os olhos dão aos cães desta raça uma expressão austera.
Orelhas – Pequenas, bastante grossas, em forma de triângulo , têm a ponta ligeiramente arredondada.
Boca – Os dentes são fortes e bem implantados. As maxilas, fecham em tesoura.
Pescoço – Forte, grosso, bem inserido nos ombros. A pele, grossa e enrugada, forma abundantes papadas.
Corpo – Peito largo e profundo. Dorso curto, com a linha superior ligeiramente descendente a partir do garrote.
Membros – Ombros oblíquos e musculosos, os membros anteriores são rectos e têm ossos sólidos. Os posteriores são fortes e musculosos.
Pés – De tamanho médio, são compactos e bem assentes, com os dedos separados.
Cauda -   Grossa e redonda na base, vai adelgaçando até á ponta que é fina.
Cor – Todas as cores sólidas são aceites, excepto o branco. É permitido um sombreado mais escuro ao longo das costas e nas orelhas.


Saúde e Higiene

Os cuidados a ter com estes cães dizem respeito à higiene, uma vez que as suas rugas propiciam o aparecimento de infecções e mau cheiro. Esta condição pode ser reduzida ou mesmo eliminada através da criação selectiva. Procure por isso um bom criador. A prevenção passa por manter o cão sempre bem seco e limpo.

A pelagem não exige muitos cuidados em termos de escovagem. Passe uma escova suave sobre o pêlo uma vez por semana para o manter limpo. O Shar Pei larga pouco pêlo.

O Shar Pei é um cão muito limpo, é uma característica da raça, portanto, os banhos podem ser dados realmente quando precisarem ou quando estiverem sujos e isso demora muito tempo para acontecer. Os olhos e as orelhas devem ser verificados semanalmente, caso o cão comece a balançar muito a cabeça e coça-la com frequência pode ser um sinal de fungos e bactérias. Para evitar, limpe os ouvidos com algodão e não hesite em leva-lo ao veterinário nesses casos.

Uma das principais preocupação com a saúde do Shar Pei são os problemas de pele hereditários que têm uma incidência significativa na população. Por esta razão, analise os progenitores antes de comprar um cão desta raça.
A displasia da anca e problemas oculares são também frequentes, podendo também ser despistados através da criação selectiva. Também graves são febres de origem desconhecida que atacam o cão e provocam o inchaço das articulações das pernas.


Curiosidades

Os Shar pei são umas das raças preferidas por pessoas que vivem em apartamentos pois se adaptam muito bem a espaços restritos, são considerados cães silenciosos, quase não latem e quando o fazem é por pouco tempo, são muito inteligentes, higiênicos, observadores, educados e comportados, aprendem com muita facilidade a respeitar os limites impostos pelos donos, como por exemplo não entrar na casa, não subir para o sofá, não destruir as plantas e etc... , desde que as regras sejam bem definidas.


Aqui esta um óptimo video para se aprender sobre a raça :


Fonte:
wikipedia
seu cachorro
dogdogs
arcadenoe




domingo, 12 de agosto de 2012

Teste de temperamento


Olá a todos.
Desta vez vou colocar alguns vídeos que não são da minha autoria, mas que tocam num ponto que eu considero importantíssimo. Os vídeos estão em Inglês.

Estes são testes de temperamento. Excelentes para enquadrar correctamente um cão que vai ser vendido por um criador ou colocado para adopção por uma das diferentes associações.

Com estes testes conseguimos traçar algumas linhas decompatibilidade entre o cão e os futuros donos. No caso deste teste em particular é bastante simples e já vi em livros testes muito mais elaborados. No entanto, estes testes que aqui coloco já poderão ser um óptimo principio para definir o dono adequado para o futuro cão.

Quando compramos um cão num criador podemos estar a comprar um cão com determinadas características físicas, podemos conhecer os pais, saber da propensão a determinadas doenças, a forma como os animais são tratados e uma série de outras coisas importantes. Tudo isto é óptimo e muito positivo. No entanto, eu pessoalmente, ao comprar um cão a um criador daria prioridade a informações como o seu temperamento e o seu nível de actividade geral. Estes são, na minha opinião, as duas informações mais importantes para quem vai adquirir umcão. Todas as outras que referi acima também são importantes e não devem ser ignoradas em qualquer processo de aquisição.

Estas dicas também são válidas para as situações de adopção.





sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Cuidados a ter no Verão com os seus animais de companhia


Com as temperaturas de Verão a subir, os seus animais de estimação precisam de si para os proteger. 
Saiba como ajudar o seu animal nesta época do ano.

A maioria das pessoas gosta de passar os dias mais quentes a desfrutar do ar livre com amigos e familiares, mas é importante lembrar que algumas actividades podem ser perigosas para os nossos animais de estimação. Ao seguir algumas regras simples, é fácil mantê-lo seguro e ainda divertir-se ao sol.

Aqui estão algumas dicas que podem garantir aos seus animais de estimação um Verão sem riscos:

Golpe de calor - Todos os animais podem sofrer um, mas são particularmente susceptíveis os que são muito jovens ou muito idosos; animais com focinho achatado e curto; animais com excesso de peso e os que já sofrem de problemas respiratórios ou cardiovasculares.
Para o evitar deve:
* Manter sempre água limpa e fresca à sua disposição.
* Se ele se encontrar num "canil" ou espaço interior, deve haver ventilação ou circulação de ar.
* Se estiver no exterior deverá ter locais com sombra onde se possa refugiar.
* Nunca deve deixá-lo fazer exercício nas horas de maior calor.
* Nunca o deixe fechado no carro, nem com as janelas abertas. É uma armadilha fatal.
- Se notar que ele tem respiração ofegante e saliva em demasia, ou/e se encontra ansioso ou com olhar arregalado, não responde às suas ordens, tem a pele seca e quente, febre alta, batimento cardíaco acelerado, fadiga ou fraqueza muscular, pode estar a sofrer um golpe de calor que lhe pode ser fatal.
Tente reduzir a temperatura, colocando-o em água fria ou colocando-lhe sacos de gelo no pescoço e na cabeça. De seguida, leve-o ao veterinário.



Doenças e parasitas - Embora surjam todo o ano, normalmente são mais frequentes no Verão.

Leishmaniose  - é uma doença transmitida por um mosquito, não é contagiosa e pode ser fatal. Se lhe fizer um teste e o resultado for negativo, existem várias formas de prevenção: Coloque repelente (em coleira ou pipetas) e evite, principalmente em passeios ao final da tarde, zonas de águas paradas, escuras e húmidas e lixeiras. Já existe uma vacina, mas não é 100% eficaz.

Esteja também atento a infestações de pulgas e/ou carraças e utilize meios de prevenção (desparasitantes). Atenção! Tenha o cuidado de se certificar de que o produto que usa é seguro para o seu animal. Um desparasitante seguro para o seu cão pode matar o seu gato. Não se esqueça de que o deve também desparasitar internamente.
Podem ainda ocorrer picadas ou mordidas e, se o seu animal apresentar um inchaço ou ferimento anormal, fale sempre com o veterinário.

Férias - Se não puder levá-lo consigo, pode sempre deixar o seu animal num Hotel para Animais, verificando no local as condições de bem-estar que lhe oferecem. Pode ainda tentar fazer uma permuta com familiares, vizinhos ou amigos cujas férias não coincidam. De qualquer forma, faça-o sempre atempadamente e troque sempre contactos incluindo o do veterinário, para alguma emergência que possa surgir.
Se o levar consigo, não se esqueça de contactar o local para saber se aceitam animais.
Em ambos os casos, verifique se ele tem as vacinas em dia e se é portador de uma coleira de identificação. De preferência, viaje sempre com ele dentro de uma transportadora.

Festas e Fogos-de-artifício - Nesta altura do ano fazem-se muitas festas com foguetes e fogos que podem ser muito traumáticos para os seus animais.
Deixe-os sempre em casa quando sair para uma festa e não acenda fogos-de-artifício perto deles. Além de assustador, a exposição ao fogo-de-artifício  pode resultar em queimaduras graves e fogos-de-artifício não utilizados podem ser perigosos. Muitos contêm substâncias potencialmente tóxicas, tais como nitrato de potássio, cobre, cloratos, arsénio e outros metais pesados.

Piscinas, rios e praias - Na maioria das praias, não é permitida a presença de animais. No caso de piscinas ou rios, não deixe os deixe sem vigilância, já que nem todos os cães são bons nadadores.

Cuidado com as quedas - Durante os meses mais quentes, muitos animais ficam feridos, principalmente em resultado da queda de janelas ou de terraços de prédios. Mantenha todas as janelas (não vigiadas) fechadas, ou com estores ou persianas corridos e, se usar telas ajustáveis, certifique-se de que estão firmemente presas.

O tempo quente pode levar a caminhadas mais longas e, às vezes, o Verão é a primeira oportunidade que os donos têm de levar o cão para fora por longos períodos. Embora seja excitante para o animal e para si, faça-o de uma forma correcta. É importante que os cães sejam mantidos com trela, com coleira ou peitoral com etiqueta de identificação para os proteger. Tenha sempre o cuidado de deixar os locais por onde passa limpos de dejectos.

Passe um agradável Verão e umas boas férias com o seu amigo!

Fonte:www.pan.com.pt

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Transportar Animais: Aviões


Os Governos estabeleceram regras e leis respeitantes ao transporte de animais vivos. Estes regulamentos são a forma de prevenir a importação, exportação e o trânsito de animais para os seus países, e fornecem igualmente directrizes sobre a Saúde e Vacinação dos animais e emissão dos respectivos certificados.
Desde que as leis governamentais assim o permitam, a maioria das companhias aéreas aceita o transporte de animais no mesmo voo em que os passageiros, os seus donos. Algumas companhias aéreas aceitam o transporte de animais na cabine, junto aos seus donos. Outras apenas autorizam o transporte de animais no porão. Excepto os cães de guia que tem acesso junto dos seus donos, independentemente do seu peso ou tamanho.
Aquando do momento da reserva, são necessários alguns detalhes relativamente ao tipo de animal e seu peso, bem como dimensões e peso do contentor. No caso da viagem em questão envolver mais de uma companhia aérea, é necessária autorização de transporte de todas as companhias envolvidas. 
Vamos falar apenas da politica com animais domésticos das nossa companhias nacionais, a Tap e a Portugalia:

Transporte de Animais na Cabine:

Com efectividade a Janeiro de 2008, os únicos animais de estimação que podem ser transportados na cabine dos voos TAP são cães e gatos. Os restantes deixam de poder ser transportados na cabine. O passageiro pode trazer o seu próprio contentor para o animal ou adquiri-lo na TAP.O peso do animal não deve exceder os 7kgs, além do peso do contentor. Este não deve exceder os 25 cm de altura, 48 cm de comprimento e os 32 cm de largura e não exceder no total das 3 dimensões os 105 cm. Pode levar mais do que um animal do mesmo tipo, no mesmo contentor, que irá ser contabilizado apenas como um. Cada passageiro não pode levar mais do que um contentor. Deve ser cobrado como excesso de bagagem e nunca ser incluído na franquia grátis de bagagem a que o passageiro tem direito.Caso o animal reúna as condições para ser transportado na cabine, a companhia aérea pode autorizar que este viaje aos pés do seu dono, desde que não se movimente pela cabine nem ocupe um lugar.

Transporte de Animais no Porão: 
Sempre que não se verifiquem as condições necessárias para o transporte de um animal na cabine, ou seja, quando um animal é demasiado grande e/ou pesado, de grande porte, por se tratar de um animal selvagem ou de natureza invulgar, a companhia aérea pode aceitar o transporte deste no porão, no mesmo voo que o passageiro, mediante algumas condições: 
- quando o animal é aceite como carga de porão, deve seguir dentro de um contentor específico de acordo com as suas dimensões e porte. No momento da reserva, a TAP deve ser informada de todas as questões e especificidades do animal a ser transportado;
- o animal seja transportado num contentor de dimensões apropriadas ao seu volume e peso;(ou seja tem de conseguir levantar-se e dar uma volta)
- o passageiro providencie comida e água suficientes para toda a viagem, uma vez que não vai ser possível alimentá-los nem deixá-los exercitar-se durante as paragens, em trânsito. 
Poderá, igualmente, aceder ao portal da Direcção Geral de Veterináriae seleccionar a opção "Controlos Veterinários". Aqui, encontrará informação mais detalhada sobre a circulação de animais domésticos assim como as características de viagens aéreas. 

Fonte:

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Transportar Animais:Transporte publico


Transporte Públicos

Lei n.º 92/95
de 12 de Setembro


Artigo 7.º
Transportes públicos
Salvo motivo atendível - designadamente como a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene - os responsáveis por transportes públicos não poderão recusar o transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados.


Comboio

Em Portugal, a CP tem regras específicas que variam conforme o animal. Cada pessoa só pode ser acompanhada de um animal. Os animais pequenos, com menos de 5 quilos, que viajem em caixas transportadoras não pagam bilhete. Os animais de maior porte pagam meio bilhete.

Os cães que se desloquem com trela têm também de colocar açaime e o dono deve ter com ele o registo e boletim de vacinas. Neste caso é também exigido o pagamento de meio bilhete. A excepção faz-se para cães-guias, que viajam gratuitamente.

O que diz a CP:

“Os animais de companhia podem ser transportados nos comboios desde que não incomodem os restantes passageiros. Se o peso do animal for inferior a 5 kg o transporte é gratuito, caso o peso seja superior terá de pagar meio-bilhete.

O seu animal de companhia pode viajar consigo, desde que sejam asseguradas as condições higieno-sanitárias e que não ofereçam perigosidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 312/2003, de 17 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 49/2007, de 31 de Agosto.

O transporte do animal é gratuito, desde que este esteja devidamente acondicionado em recipiente apropriado que possa ser carregado como volume de mão. O transporte de cães não acondicionados é permitido mediante o pagamento de meio bilhete. Nestas condições, o animal terá de ir devidamente açaimado, com trela, acompanhado do respectivo boletim de vacinas actualizado e da licença municipal. Para garantir o bem-estar e comodidade de todos os Clientes, os animais não podem ocupar lugar nos bancos.

Os cães de assistência acompanhantes de pessoas com deficiência são transportados gratuitamente

Cada passageiro poderá transportar apenas um animal de companhia.”

Metro
Lisboa

Os animais podem viajar de metro, desde que estejam açaimados e com trela curta ou então dentro de uma transportadora. Os cães-guia podem deslocar-se sem restrições especiais no metro desde que estejam devidamente identificados como tal.

O que diz a Metro de Lisboa:

“É permitido o transporte de animais de companhia nos comboios do ML, desde que devidamente acompanhados e acondicionados, de maneira a não incomodar, perturbar ou atemorizar os passageiros.
Consideram-se devidamente acondicionados os cães sujeitos a meios de contenção adequados, nomeadamente contentores (caixa, jaula, gaiola ou outros) ou açaimo funcional, neste caso, seguro com trela curta (até 1 metro de comprimento) que deve estar fixa a coleira ou a peitoral, tudo de material resistente.

Os deficientes visuais têm o direito a fazer-se acompanhar de cães-guia, os quais devem transportar de modo bem visível o distintivo passado por estabelecimento idóneo (nacional ou estrangeiro) que certifique o respectivo adestramento como cão-guia. Devem ainda possuir um cartão próprio passado pelo mesmo estabelecimento.

São também admitidos cães-guia em treino, nas mesmas condições, desde que acompanhados pelo respectivo tratador ou pela família de acolhimento que devem estar credenciados como tal.”

Porto

No metro do Porto, os animais só são admitidos quando carregados numa transportadora. A excepção faz-se para cães-guia, que necessitam de uma autorização especial para esse efeito.

O que diz a Metro do Porto:

“Salvo autorização especial escrita, reservada a casos excepcionais (cães guias), são admitidos a bordo dos veículos do Metro do Porto animais domésticos de pequeno porte, desde que viajem dentro de um cesto.

Autocarros

STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA
Salvo por motivos de perigo, estado de saúde ou de higiene, poderão ser transportados animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados.


CARRIS 
Informam que "só é permitido o transporte de animais, no interior dos nossos veículos, se estes estiverem devidamente acondicionados ou sejam cães de acompanhamento (cães guia)".


Taxi
Decreto-Lei n.º 251/98 de 11 de Agosto de 1998

Regulamenta o acesso à actividade e ao mercado dos transportes em táxi.

Artigo 19 Transporte de bagagens e de animais

1 - O transporte de bagagens só pode ser recusado nos casos em que as suas caracteristicas prejudiquem a conservação do veiculo.

2 - É obrigatório o transporte de cães guia de passageiros invisuais e de cadeiras de rodas ou outros meios de marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem como de carrinhos e acessórios para o transporte de crianças.

3 - Não pode ser recusado o transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados, salvo motivo atendivel, designadamente a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene.

Fontes:

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Transportar Animais: Carros


Para poder passear com o cão necessita de ter algumas burocracias em ordem: registo na câmara, boletim de vacinas em dia, açaime ou trela. Nos casos dos cães potencialmente perigosos, necessita ainda de seguro e tem de o passear de trela e açaime.

As regras para passear um cão na rua aplicam-se também quando deseja passear com o cão pela cidade, de carro ou em transportes públicos, ou quando vai de férias utilizando um destes meios de transporte.

Transporte: A lei

A legislação em vigor referente ao transporte de animais de estimação pode ser encontrada no Decreto-Lei n.º 276/2001 de 17 de Outubro. A lei não especifica condições exactas para o transporte de animais. Refere apenas que o transporte deve ser feito de acordo com a espécie e que os animais devem estar acondicionados em contentores de forma a que o seu bem-estar não esteja comprometido. Nos transportes públicos é salientada a contenção dos animais de forma a não interferir com a integridade física dos outros utentes.

Artigo 10.o
Carga, transporte e descarga de animais
1 — O transporte de animais deve ser efectuado em veículos e contentores apropriados à espécie e número de animais a transportar, nomeadamente em termos de espaço, ventilação ou oxigenação, temperatura, segurança e fornecimento de água, de modo a salvaguardar a protecção dos mesmos e a segurança de pessoas e outros animais.
2 — As instalações dos alojamentos previstos nas alíneas p) a t) do artigo 2.o devem dispor de estruturas e equipamentos adequados à carga ou à descarga dos animais dos meios de transporte, assegurando-se sempre que os mesmos não sejam maltratados ou derrubados durante aquelas operações e procurando-se minorar as causas que lhes possam provocar medo ou excitação desnecessárias.

Artigo 2º alíneas

p) «Hospedagem sem fins lucrativos» alojamento, permanente ou temporário, de animais de companhia que não vise a obtenção de rendimentos;
t) «Centro de recolha» qualquer alojamento oficial onde um animal é hospedado por um período determinado pela autoridade competente, nomeadamente os canis e os gatis;

3 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2, a deslocação de animais em transportes públicos, nomeadamente de cães e gatos, deve ser efectuada de forma que os animais estejam sujeitos a meios de contenção que não lhes permitam morder ou causar quaisquer prejuízos a pessoas, outros animais ou bens.


Automóvel

O Código da Estrada não se refere ao transporte de animais em concreto, sendo que estes devem ser considerados carga. 

Para os animais transportados dentro do automóvel,  a lei apenas refere que o animal não pode prejudicar a condução. Isto é, um animal pode ser transportado como o dono achar melhor, desde que o animal não afecte o condutor ou  a visibilidade do mesmo. A multa por incumprimento vai desde 60 a 600 euros, conforme os casos. Não é necessária licença especial para transportar animais, desde que sejam animais de estimação e não para fins comerciais. Se vai viajar de carro para outro país, consulte o código da estrada dos países em questão, que são muitas vezes diferentes, mais ou menos exigentes, em relação ao português.

Contudo, em caso de acidente os animais estão sujeitos aos mesmos perigos de impacto que os outros ocupantes e existem soluções eficazes no mercado para um transporte seguro dos animais. 

Para todos os animais:

Caixa Transportadora – A forma mais estável de transportar um animal é recorrendo a uma jaula ou contentor próprio. Desta forma evita que os animais consigam deslocar-se no carro de um lado para o outro ou ter algum comportamento imprevisível que possa distrair o condutor. 

Para cães:

Cinto de segurança – O cinto de segurança para cães é uma espécie de trela que se faz a ligação entre a coleira ou corpete do animal e o local onde se insere o cinto de segurança. O corpete parece aconchegar melhor o animal em caso de uma travagem brusca.

Rede ou grelha divisória – Muitos cães são transportados na bagageira. Existe uma rede, mais frágil, ou grelha, mais resistente, que se coloca entre o porta-bagagens e a parte dos bancos traseiros para evitar que o cão possa ser projectado para a frente. Geralmente coladas com ventosas, teste primeiro a segurança que oferecem em relação ao porte do cão que possui.

O que diz a lei:

“Código da Estrada

Artigo 56.º

Transporte de carga

1 A carga e a descarga devem ser feitas pela retaguarda ou pelo lado da faixa de rodagem junto de cujo limite o veículo esteja parado ou estacionado.
2 É proibido o trânsito de veículos ou animais carregados por tal forma que possam constituir perigo ou embaraço para os outros utentes da via ou danificar os pavimentos, instalações, obras de arte e imóveis marginais.
3 Na disposição da carga deve prover-se a que:
a) Fique devidamente assegurado o equilíbrio do veículo, parado ou em marcha;
b) Não possa vir a cair sobre a via ou a oscilar por forma que torne perigoso ou incómodo o seu transporte ou provoque a projecção de detritos na via pública;
c) Não reduza a visibilidade do condutor;
d) Não arraste pelo pavimento;
e) Não seja excedida a capacidade dos animais;
f) Não seja excedida a altura de 4 m a contar do solo;
g) Tratando-se de veículos destinados ao transporte de passageiros, aquela não prejudique a correcta identificação dos dispositivos de sinalização, de iluminação e da chapa matrícula e não ultrapasse os contornos envolventes do veículo, salvo em condições excepcionais fixadas em regulamento;
h) Tratando-se de veículos destinados ao transporte de mercadorias, aquela se contenha em comprimento e largura nos limites da caixa, salvo em condições excepcionais fixadas em regulamento;
i) Tratando-se de transporte de mercadorias a granel, aquela não exceda a altura definida pelo bordo superior dos taipais ou dispositivos análogos.
4 Consideram-se contornos envolventes do veículo os planos verticais que passam pelos seus pontos extremos.
5 Quem infringir o disposto nos n.ºs 1 e 2 é sancionado com coima de € 60 a € 300.
6 - Quem infringir o disposto no n.º 3 é sancionado com coima de € 120 a € 600, se sanção mais grave não for aplicável, podendo ser determinada a imobilização do veículo ou a sua deslocação para local apropriado, até que a situação se encontre regularizada.

Fonte:arcadenoe

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Frisbee


Frisbee com cães com é uma actividade fundamentalmente bastante simples, pois basta se atirar um disco, deixar o cão apanhar e vir a correr para lhe devolver o disco. O mais atractivo nesta actividade é a sua simplicidade e no fim o divertimento que tanto o cão, como o dono tiram ao praticar este desporto.

Este desporto tem vários adeptos por toda a parte do mundo, desde os EUA, onde teve origem e tem o maior número de adeptos, até a Europa, Japão e Austrália

A actividade ao longo dos anos tem sofrido algumas adições com classes mais exigentes e competitivas onde a distancia, estilo e inovações são igualmente pontuadas e consideradas.
Este desporto canino teve origem nos EUA, em Ohio, onde um estudante (Alex Stein) e o seu cão (Asley Whippet) saltaram a rede de um jogo nacional de basebol e começaram a jogar este jogo de apanhar e trazer discos. A exibição teve tal impacto que o jogo foi interrompido e os locutores começaram a anunciar a exibição que estava a ocorrer e só após 8 minutos, o estudante foi escoltado para fora do campo e preso. Foi a exibição televisiva nacional que impulsionou o interesse por este desporto. (Até da vontade de fazer o mesmo por cá !)

Depois destas considerações está pronto a iniciar-se no Frisbee e quem sabe fazer parte de uma futura equipa nacional de Frisbee (A esperança é a ultima a morrer !).

Algumas boas regras e divisões por classes podem ser encontradas no website Colorado Disc Dogs, aqui está o resumo:

-Algumas considerações a ter antes de iniciar esta actividade com o seu cão:
-Verifique a saúde do seu cão com o veterinário. Saltos podem agravar alguma propensão para problemas de ossos ou ancas.
-O cão que escolher também não deve ser um cão excessivamente pesado (13 a 25 kg) e deve estar em forma.
-O instinto de presa deve estar bem apurado e o cão já deve ter algum instinto de trazer o objecto.
-Bom temperamento também é um requisito, pois os cães são soltos no meio de pessoas e animais.
-Nunca inicie esta actividade com saltos usando um cão que tenha menos de 14 meses, pois os saltos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento correcto do cão.
-Procure dar a obediência básica para que o cão não fuja, perturbe outras pessoas e se mantenha ao pé de si.
-Escolha um disco próprio para cães
-Joge sempre em áreas seguras e não atire para ao pé de buracos, vedações, árvores, outros cães e outras areas potencialmente perigosas.


Regras básicas na competição:

-Mantenha o seu cão sempre a trela quando não esta a competir ou a fazer o aquecimento. Isto impede que sofra o embaraço de ter o seu cão a correr pelo campo e a interromper a competição.
-Nem todos os cães, mesmo aqueles bem socializados, apreciam outros cães no seu cão. Portanto tenha atenção ao comportamento do seu cão
-Limpe sempre aquilo que o seu cão sujar. Tentamos manter boas relações com as comunidades que permitem que organizemos eventos nas suas áreas, e esta é a melhor forma de mostrar a nossa. Deixe sempre o local mais limpo do que quando lá chegou !
-Por cortesia aos competidores, comida e recompensas não são permitidas no local de competição. Comida no chão pode trazer distracções desnecessárias
-Seja desportivo. Dê o bom exemplo.
-Fêmeas com cio não são permitidas no local da competição.
-Trate o seu cão com respeito. Competidores que maltratem os cães são pedidos para saírem



As quatro classes que o CDD oferece nos seus eventos são: Noviço, Intermédio, Avançado e Aberta. Em algumas ocasiões, uma classe não competitiva Recreativa pode ser também oferecida.

A classe Noviço: Esta classe é para os iniciados no desporto. Contudo as pessoas progridem de forma diferente quando começam a ir a competições, umas muito rapidamente e outras mais lentamente e o clube reconhece isso. Para esse fim é permitido as equipas permanecerem na classe de Noviço durante 2 anos. No primeiro ano a equipa pode ficar na classe independentemente dos resultados. Contudo, durante o 2º ano, se uma equipa competindo no Noviço ganha 2 “Top 3” passa imediatamente a classe seguinte.
Equipas novas não são obrigadas a permanecer na classe Noviço. Podem seguir para a classe seguinte em qualquer altura.
Os competidores da classe Noviço competem em 2 rounds de Mini-Distancia, onde tem 60 segundos em cada round para atirarem o número máximo de vezes um único disco ao seu cão. Pontos são dados nos discos apanhados considerando a distancia e se o cão estava no ar quando apanhou o disco. Após o registo, todos os competidores receberão um disco oficial. Competidores da classe Noviço podem usar o disco oficial ou outro disco seguro.

A classe Intermédia é para equipas experientes que estão envolvidas no desporto a mais de um ano (365 dias), mas não estão prontos para a classe Avançados. Os competidores Intermédios competirão no mesmo formato de Mini-Distancia descrito em cima. Competidores Intermedios tem de usar um disco standard de competição (Wham-O Fastback Frisbee, Hero 235, Dogstar, ou HyperFlite). Alguns eventos fornecem um disco no registo, mas os competidores desta classe e classes superiores tem de trazer os seus próprios discos.

A classe Avançados é para as equipas de topo da Mini-Distancia. Normalmente são equipas muito experientes, mas é uma classe aberta a todos. Equipas competindo na Aberta também fazem 1 round da Mini-Distancia na classe de Avançados.

A classe Aberta é para as equipas mais experientes e consiste em um round de 90 segundos (Skyhoundz) ou 120 segundos (UFO) de Freestyle, e um round de 60 segundos de Mini-Distancia.

O Freestyle consiste numa rotina coreografada com o cão e música, usando múltiplos discos e todo o tipo de truques que possa imaginar.
A classe Recreativa é desenhada para aqueles que queiram ganhar experiência de competição sem verdadeiramente competir. É uma classe aberta a todos avaliados num round de 60 segundos de Mini-Distancia.




Outra literatura interessante:

Fonte: casacalado