"Podemos muito bem perguntar-nos: o que seria do homem sem os animais? Mas não o contrário: o que seria dos animais sem o homem?"Hebbel , Christian





sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Cuidados Preventivos – Desparasitação (parte III)

A desparasitação é uma medida profilática sanitária muito importante,
que consiste na eliminação dos parasitas do organismo do hospedeiro. A desparasitação pode ser interna (endoparasitas – parasitas intestinais, pulmonares e urinários) ou externa (ectoparasitas – pulgas, carraças, mosquitos, ácaros e piolhos). Os animais devem estar desparasitados antes da primeira vacina.
Ao desparasitar o seu animal está não só a dar-lhe uma melhor qualidade de vida, aumentado a resistência às doenças em geral, mas está também a evitar um grande número de situações clínicas desagradáveis e a atuar em termos de saúde pública. Alguns dos parasitas intestinais, que “redondos” (lombrigas), quer “achatados” (ténias), podem afetar humanos (zoonoses). O contato direto com animais parasitados, com as zonas ondem habitam ou fazem as suas necessidades fisiológicas ou com objetos com os quais os animais brincam, podem originar o contágio das pessoas. O risco é maior para crianças, pessoas com problemas a nível do sistema imunitário e pessoas idosas.
Os seres humanos podem sofrer as consequências destas parasitoses de maneira semelhante aos animais, apresentando desde dores abdominais, problemas digestivos de pouca gravidade, dermatites, a lesões oculares severas; outras vezes sofrem de anemia, diarreias e/ou vómitos, lesões nervosas graves e, no caso de algumas ténias, podemos assistir à formação de quistos hidáticos que podem afetar desde o fígado até aos pulmões ou cérebro.
Para evitar problemas para si e para o seu cão é conveniente que o desparasite regularmente e se tiver vários animais em casa é fundamental que faça as desparasitações em simultâneo a todos eles. Evite, também, zonas onde habitualmente vagueiam animais abandonados e lembre-se sempre de apanhar os dejetos que o seu amigo faz, seja na vida pública, seja no seu jardim.
Em virtude dos parasitas constituírem um risco para a saúde do seu cão e da sua família, recomenda-se a adoção de um esquema de desparasitação adequado (dependendo do risco parasitológico a que os cães estão expostos – estilo de vida). Para tal deve utilizar produtos de largo espectro que eliminem vermes adultos e as suas formas larvares.

Como pode o seu animal, que vive em casa, ficar parasitado?

Existem várias formas de contágio:
  •   Através da mãe pelo útero (via transplacentária) e pelo leite (via transgalactogénea);
  •      Por ingestão de ovos ou larvas que se encontrem no meio ambiente, ao ingerir pulgas, ao comer carne ou vísceras de animais parasitados (via oral);
  •          Através da pele (via transcutânea);
  •          Ao ser picado por insectos ou carraças (vectores).


Regras Gerais de Desparasitação Interna

·  Cães recém-adquiridos: desparasitar imediatamente, repetir passadas 2 semanas;
·   Cachorros: às 2 semanas e de 15 em 15 dias até aos 3 meses; até aos 6 meses a desparasitação deve ser mensal;
·      Adultos: tratar regularmente de 3 em 3 meses.;
·      Cadelas Lactantes: desparasitar juntamente com a ninhada.

Medicamentos Desparasitantes
Há diferentes produtos no mercado para desparasitar os cães interna e externamente:

·  Desparasitantes Internos: apresentação em comprimidos ou pastas para administração oral e pipetas de aplicação tópica;

·     Desparasitantes Externos: apresentação em comprimidos para administração oral, sprays, pipetas de aplicação tópica e coleiras.

Para escolher a melhor opte sempre por aconselhamento especializado, quer por um médico ou um enfermeiro veterinário.

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